Testes a modelos a diesel da Fiat detectam manipulação de emissões
O jornal alemão Bild am Sonntag cita uma investigação levada a cabo pela Motor Transport Authority no seguimento do escândalo de emissões da Volkswagen.
Uma investigação levada a cabo no seguimento do escândalo de emissões da Volkswagen indica que alguns veículos a diesel da Fiat revelaram níveis irregulares de emissões poluentes ao circularem por mais de 22 minutos.
A notícia foi avançada hoje pelo jornal alemão Bild am Sonntag que cita uma investigação levada a cabo pela Motor Transport Authority (KBA), explicando que este poderá ser um sinal de que a fabricante italiana de automóveis também poderá estar a usar equipamentos técnicos ou software que evitam a utilização de filtros de limpeza de emissões. A duração normal de testes regulamentares para as emissões dos veículos é de cerca de 20 minutos, acrescentou o jornal alemão.
Fonte oficial da Fia recusou comentar a notícia.
O escândalo de manipulação de emissões poluentes envolvendo a Volkswagen lançou os holofotes sobre o controlo das emissões em veículos a diesel.
No seguimento da investigação por parte da KBA, a volkswagen, à semelhança de outras marcas alemãs – Porsche, Opel, Audi e Mercedes – concordaram em chamar à fábrica 630 mil automóveis para ajustar a tecnologia do software utilizado nos motores a diesel.
Não foi detectado que os fabricantes alemães, à excepção da Volkswagen, estivessem a usar sofware ilegal, mas sim aquilo que designaram como “janela térmica”, o que diz respeito ao tempo em que os fabricantes estão autorizados a desacelerar sistemas de gestão de emissões, a fim de proteger o motor da condensação ou de outros danos.
A Bosch, que fornece a indústria automóvel, terá informado os investigadores alemães de que a Fiat estaria a usar um mecanismo que desactiva os filtros de exaustão, reportou o Bild am Sonntag. A Bosch recusou comentar.
O Bild am Sonntag não esclareceu se o mecanismo revelado no teste à Fiat, gerida pelo CEO Sergio Marchionne, também funcionava como uma "janela térmica”.
Fonte: Económico