Fiat ameaça sair de Itália
A Fiat procura apoio público para fazer face à quebra da actividade no sector e pensa mudar-se para a Sérvia ou o Brasil.
O primeiro-ministro italiano, Mario Monti, disse hoje que não foram pedidas concessões financeiras por parte da Fiat e que, se fossem, as mesmas não seriam atendidas. E isto depois de o grupo automóvel ter ameaçado abandonar Itália se não obtiver ajudas públicas.
No fim-de-semana, vários responsáveis da Fiat, entre eles o conselheiro delegado, Sérgio Marchione, e o presidente, John Elkann, encontraram-se com vários ministros do Governo, liderado por Mario Monti.
No final, o documento que saiu desse encontro deixava dúvidas sobre o futuro da histórica marca italiana, que explicou ao Governo as suas previsões sobre a evolução do sector, sublinhando "ter investido 5.000 millhões de euros nas suas cinco fábricas italianas nos últimos três anos". E "salvaguardou a presença industrial do grupo graças à segurança financeira que advém das suas actividades financeiras extra-comunitárias".
Na resposta, Monti prometeu esforços para encontrar uma solução que reforce a competitividade da empresa, nomeadamente através do incentivo às exportações.
Recentemente, a Fiat indicou que o plano industrial "Fabbrica Itália", iniciado em 2010, se tornou obsoleto face à crise do sector automóvel na Europa, que levou o mercado italiano para níveis dos anos 70.
Além disso, Marchione revelou que as vendas de automóveis caíram na Europa pelo quinto ano seguido, numa altura em que analisa a possibilidade de mudar a empresa para países como a Sérvia ou o Brasil, com o objectivo de reduzir custos e onde poderia obter ajudas públicas.
Fonte:
Económico