Autor Tópico: Cledorvino Belini  (Lida 1284 vezes)

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Tiffosi

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Cledorvino Belini
« em: 23 de Novembro, 2005, 14:38:45 »


Presidente da Fiat do Brasil e Diretor Superintendente da Fiat Automóveis da América Latina.

Cledorvino Belini, 56 anos, foi nomeado este ano o primeiro presidente da Fiat do Brasil, cargo que exerce junto com a de diretor superintendente da Fiat Automóveis da América Latina. Apesar de estar ciente da responsabilidade que está sob suas mãos (o mercado latino americano responde por 20% da receita do grupo italiano), Belini acredita que os resultados positivos são a chave para manter o bom relacionamento com a matriz. Quando apresentar o parecer da operação financeira da montadora para seu superior direto, Sergio Marchionne, o CEO (Chief Executive Officer) mundial da empresa, o executivo brasileiro espera levar boas notícias à Itália.
Otimismo é uma das boas características de Cledorvino Belini, que construiu grande parte de sua carreira na Fiat, onde atua há 32 anos. Iniciou sua carreira na Fiat Allis e, em 1987, obteve sua primeira grande façanha na empresa, sendo o primeiro brasileiro a assumir a diretoria de compras. Belini atuou também como diretor comercial e diretor geral da Fiat Automóveis, além de desempenhar a função de CEO da Magnetti Marelli, subsidiária do grupo. Graduado em Administração de Empresas pela Universidade Mackenzie, em São Paulo (SP), o executivo é mestre em finanças pela USP, também na capital paulista. Em 2002, conclui um MBA na França, na INSEAD/FDC.

Além do otimismo, Belini também tem o bom humor como uma de suas armas. Na entrevista concedida ao Carsale, usou essa “arma” para driblar as perguntas sobre produtos, o que garantiu momentos divertidos. Mesmo assim, admitiu que a empresa lançará dois novos modelos até o fim deste ano (um deles é o Palio 1.8R). Além do trabalho, que consome boa parte de seu tempo, Belini tem como hobby, o antigomobilismo. Sobra também um tempinho para os cavalos, uma de suas paixões. Casado, pai de dois filhos e avô de dois netos, o executivo lê, no momento, “O monge e o executivo”, de James C. Hunter.

-Ser o primeiro brasileiro a assumir a presidência da Fiat do Brasil e América Latina é uma responsabilidade muito grande?
Belini –Evidentemente. Mas temos um ótimo relacionamento com a matriz, já que estou na empresa há 32 anos e conheço muitas pessoas por lá. Com certeza, a melhor forma de relacionamento é trazer resultados.

-A quem você se reporta na Fiat?
Belini – Ao CEO (Chief Executive Office) da Fiat mundial, que é o Sergio Marchionne.

-Como o grupo Fiat vê o mercado nacional?
Belini – Com muito otimismo. A matriz acredita que é um mercado reprimido em vários setores, e que ainda tem muito potencial para crescer. Para a matriz, o importante é um crescimento sustentável nas vendas internas, de 4% a 5% ao ano. Somos a segunda maior operação mundial da Fiat, e a América Latina representa 20% da receita do grupo.

-E qual é a importância da Fiat Brasil dentro do bloco América Latina?
Belini – Somos os únicos produtores de automóveis da América Latina. Daqui, os carros saem prontos para vendas nos outros países do bloco de operação.

-Hoje, que países são nossos principais concorrentes por investimentos externos?
Belini – China e países do Leste Europeu.

-O Ray Young (presidente da GM) afirma que os chineses, em alguns anos, passarão a produzir carros de qualidade, e por isso devemos temê-los. Você concorda com a afirmação.
Belini – Concordo. Em 1997, a China produzia 1 milhão de carros, e nós 2 milhões. Hoje, continuamos no mesmo patamar, enquanto eles já estão em cerca de 4 milhões. Os chineses serão, nos próximos 5 ou 6 anos, uma das grandes potências automobilísticas do mundo.

-O que é preciso fazer para atrair novos investimentos?
Belini – Basicamente ter um mercado interno forte.

-E como fortalecer o mercado interno?
Belini – Revisando o sistema tributário. Temos a maior carga tributária do mundo, entre 33% e 34%. Enquanto isso, a média mundial é de 13%. Arrecadamos muito imposto de poucos produtos, quando o certo seria arrecadar pouco imposto e ter muitos produtos vendidos. Assim, as empresas venderiam muito mais, e o governo não perderia, porque arrecadaria o mesmo valor.



-O senhor acredita que nos próximos anos a carga tributária poderá ser reduzida?
Belini – O que é realmente importante é repensar a política industrial, para que possamos gerar massa crítica e ter condições de competir com a China e outros países emergentes. Hoje, temos no Brasil um veículo para cada nove habitantes, proporção pior do que a da Argentina, que é de um para cinco.

-O senhor pode citar uma idéia para mudança na política industrial?
Belini – A Europa é um exemplo. Eles produzem 16 milhões de automóveis por ano porque as montadoras incluem um preço menor na aquisição do veículo, e depois suprem esta diferença na manutenção. Assim, ao invés de recuperar o investimento imediatamente, aumentam o prazo de retorno para cinco ou dez anos. Mas criam uma economia forte na hora da compra do veículo, o que aumenta as vendas.

-Na sua opinião, a Argentina é rival na briga por investimentos?
Belini – Não, é uma grande parceira. A própria Fiat está investindo 150 milhões de pesos na fábrica de Córdoba para produção de motores e câmbios. Os argentinos são muito respeitados na área mecânica.

-A planta de Córdoba, que hoje só produz componentes mecânicos, fabricará veículos no futuro?
Belini – Se o mercado crescer, é bem provável. Ela poderia funcionar como extensão da nossa planta de Betim (MG), que hoje opera em dois turnos, e tem capacidade para mais um.

-A Fiat do Brasil vai obter rentabilidade este ano?
Belini – É o nosso objetivo, mas com certeza ainda é cedo para saber. No Brasil, tudo pode acontecer, mas nós vamos lutar para fechar o ano pelo menos no “azul clarinho”. Estou confiante no fato de que nós teremos equilíbrio.

-A exportação com Real valorizado prejudicou muito a operação da Fiat do Brasil?
Belini - -Muito. Nossa meta para 2005 era 120 mil unidades exportadas, mas tivemos que reduzí-la para 100 mil. No ano que vem, a perspectiva é de que nossas vendas externas sejam ainda mais baixas, ficando em 70 mil modelos.

-Vocês perderam algum contrato de exportação?
Belini – Não. Houve uma redução de volume em alguns mercados. Entretanto, poderemos perder alguns contratos no futuro, e já estamos tomando providências para que isso não aconteça. No México, por exemplo, teremos que nomear um novo importador, que ainda não está definido.



-Qual é o principal mercado externo da Fiat do Brasil?
Belini – Argentina.

Na sua opinião, as eleições do ano que vem podem prejudicar a indústria automobilística nacional?
Belini – Se for um ano volátil, pode prejudicar. Pode. Não quer dizer que, necessariamente, vá prejudicar.

-A recém-lançada plataforma do Idea será usada em uma nova família de modelos?
Belini – Sim, a plataforma poderá ser usada em outras aplicações. Mas nós ainda não temos nada definido.

-O Mille “canibaliza” as vendas do Palio, e vice-versa?
Belini – Não, porque são segmentos diferentes. O Mille é um carro do segmento de entrada, enquanto o Palio está posicionado em uma categoria mais elevada, a B.

-Vocês vão lançar o Mille com espírito aventureiro?
Belini – Eu desconheço esse produto. A imprensa especula demais, fotografa demais. O que acontece é que nós testamos tudo. E numa dessas, uma foto de um protótipo nosso foi publicada. Qualquer dia eu vou aprontar uma com vocês da imprensa; vou colocar nas ruas um carro com rodas quadradas. Quero ver quem vai ser o primeiro a publicar o novo “segredo” da Fiat. Até vejo a manchete: “Novo carro da Fiat. Roda Quadrada”.

-No lançamento dos motores 1.4 Flex, você disse que até o final do ano 80% da linha Fiat seria bicombustível. Já obteve esta parcela?
Belini – Ainda não, mas estamos chegando lá. Até o final de 2005, 80% de nossa linha será “flex”.

-Além do Stilo Flex, alguma novidade bicombustível até o final do ano?
Belini – Eu desconheço esse produto.

-O Stilo Flex? Desconhece? (a Fiat já havia anunciado que o carro seria lançado dois dias depois da entrevista)
Belini – Realmente, agora admito que fui muito cara de pau. Mas voltemos a falar sério, então: sempre teremos novidades. Daqui até o final do ano, nós faremos um lançamento por mês.

(Devido ao tamanho do texto, não foram alteradas as expressões Brasileiras)

Fonte: Carsale


 





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Cledorvino Belini
« Responder #1 em: 23 de Novembro, 2005, 19:17:24 »
boa sorte pro futuro.................


Jorge
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Tiffosi

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Cledorvino Belini
« Responder #2 em: 05 de Dezembro, 2005, 13:39:34 »


Belini assume Fiat sul-africana

O presidente da Fiat Brasil e América Latina, Cledorvino Belini, assumiu esta semana o comando da Fiat sul-africana. Segundo informações da Fiat, a subsidiária sul-africana, que respondia directamente à matriz, de Itália, agora passa a responder ao presidente da Fiat Brasil. Entretanto, Belini continuará chefiando todas as operações pelas quais é responsável a partir do Brasil. Na África do Sul, o comando continua nas mãos do actual presidente, o executivo italiano Giorgio Gorelli.

Entretanto, este deixa de se reportar à Itália e passa a seguir as directrizes definidas por Belini. Segundo a Fiat, a subsidiária brasileira passará a fornecer apoio comercial e nas áreas de engenharia para a África do Sul, além de executar exportação de componentes. Não há, por enquanto, planos de exportação de automóveis para aquele país, que tem um mercado de 550 mil unidades anuais, e está em período de crescimento. O fabricante italiano produz na África do Sul os modelos Palio, Siena e Strada.
 





Tiffosi

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Cledorvino Belini
« Responder #3 em: 21 de Junho, 2007, 15:00:37 »
Presidente da Fiat participa no São Paulo Fashion Week

Além de reunir os estilistas e profissionais da moda de todo país, o SPFW promoveu um ciclo de debates sobre economia criativa com importantes executivos brasileiros na biblioteca montada dentro do evento. Cledorvino Belini, presidente da Fiat América Latina, participou da mesa redonda no dia 13 de Junho, cujo tema foi " Papel e importância do design como diferencial competitivo".

Durante o debate, Belini citou como exemplo de economia criativa da Fiat o lançamento da linha Adventure. O conceito nasceu como uma ideia criativa, ou seja, a possibilidade de transferir para um carro de passeio os atributos dos modelos off road, um segmento mais caro e mais desejado pelo cliente. A ideia transformou-se em inovação, fortemente apoiada no design: suspensão elevada, pára-choques e pára-lamas reforçados, tecidos mais resistentes nos revestimentos, visual mais robusto. Hoje, o conceito é um segmento de mercado, seguido pelas outras marcas.

Para a Fiat, design é um atributo que está no DNA da empresa e que faz a diferença no produto. O design da Fiat traduz tecnologia, beleza, qualidade de vida, segurança, mobilidade. Na essência, prazer e liberdade. Por tudo isso, tem forte influência também no comportamento do consumidor, transformando-se no principal factor motivador da compra.