Biocombustível

[ricardocunha]

O Brasil apesar de produzir este combustível alternativo que podemos chamar de biocombustivél (uma vez que tem a sua base em algo biológico e renovável), não faz algo milagroso a nível ambiental, se calhar é mais ao contrário. Basta pensar-mos nisso – o álcool tem um poder muito mais elevado de explosão que a gasolina, logo o resultado é mais potencia no motor e mais consumo. Mas vamos analisar o etanol de outro ponto de vista que não o do consumo no motor.

O Brasil é actualmente o pais mais avançando no que toca a biocombustivéis, pois não só tem a maioria do mercado com motores flex fuel (a funcionar com gasolina e metanol ou etanol) como também tem o melhor processo de fabrico de etanol existente.
O Brasil é um dos maiores produtores de cana-de-açúcar do mundo, mas não usam a cana-de-açúcar de forma directa para produção de combustível. O que eles fazem é aproveitar um dos sub-produtos de duas das suas maiores indústrias (açúcar e bebidas alcoólicas) a biomassa que sobra da cana-de-açúcar depois da destilação, que não tem utilidade para consumo humano mas pode ser usada para produção de combustível. O Brasil é o mais avançado por dois factores: usam o “lixo” para produzir combustível e a eficiência de produção é de 8 unidades de energia para 1 unidade gasta (só para terem uma ideia o petróleo actualmente gasta 1 unidade de energia para obter 2 unidades, quando no inicio do sec 19 rondava 1 unidade gasta para 28 unidades obtidas) e o maior produtor de biocombustiveis, os EUA, fazem uns fantásticos (em tom de ironia) de 1 unidade de energia para obterem - PREPAREM-SE - 1.3 de energia.

É solução?
Eu acho que não e passo a explicar-me. Um carro a usar este tipo de combustível tem um consumo muito elevado e é impossível manter um nível de abastecimento suficiente para o mundo inteiro (pelo menos de forma viável ecologicamente e economicamente), por alguma razão se contam pelos dedos de uma mão os países que usam este combustível. Os motores têm de ser muito mais resistentes pois o poder deste combustível consegue desgastar os convencionais motores pelo que o seu custo tende a aumentar, para além do seu desgaste.
Mesmo que use “lixo” não é solução a 100% mas sim uma boa forma de aproveitar o sub-produto da cana de açúcar e reduzir o petróleo que circula pela sociedade. Aliás, o Brasil já começou a usar a cana de açúcar sem esta ir para a refinação de açúcar ou bebidas o que começa a ser menos ecologicamente interessante, pois o consumo é elevado e usar o “lixo” só por si já não chega para manter os carros a funcionar.

Vantagens no Brasil:
O Brasil esta menos dependente da flutuação do preço do petróleo.
Está menos sujeito a pressões geopolíticas por causa dos combustíveis.
Tem menos preocupações macroeconómicas derivadas do petróleo.
Aproveita o desperdício das suas indústrias e transforma-o noutra indústria de importância vital para a economia.
Permite o acesso aos Brasileiros a um combustível mais barato.


Vejam aí os preços médios no Brasil em Reais por litro.
REGIÃO | Gasolina | Álcool | Diesel | Biodiesel  GNV
CENTRO| 2,445      |1,350    |1,991   |1,990      |1,299
LESTE     |2,400      |1,280    |1,903   |1,969      |1,121
NORTE   |2,371       |1,280    |1,890  |1,874      |1,105
OESTE    |2,442      |1,327     |1,935  |1,941      |1,121
SUL        |2,448       |1,340    |1,952   |1,984      |1,156

Como podem ver o Álcool fica a menos de metade do valor da gasolina, não se esqueçam que no Brasil não se vendem veículos a diesel com excepção de veículos para uso profissional/comercial.  Tanto o álcool como a gasolina levam com 43% de impostos em cima pelo que o preço não é influenciado nesse aspecto (apesar de existirem incentivos na produção).


Podem obter mais informações em:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Etanol_como_combust%C3%ADvel_no_Brasil
http://carros.hsw.uol.com.br/programa-alcool-brasil2.htm
KUNSTLER, James. O FIM DO PETROLEO. Bizancio Lisboa 2006.

[Tiffosi]

Cientistas criam biocombustível a partir de Whisky

Biobutanol resulta de dois subprodutos do fabrico de whisky: o líquido produzido pelos alambiques de cobre e o que resta do grão depois da destilação

Um grupo de cientistas da universidade escocesa de Napier, Edinburgo, descobriu uma nova forma de elaborar biocombustível a partir da refinação dos excedentes resultantes da fabricação de whisky.

Este novo combustível - o biobutanol – resulta especificamente de dois subprodutos do fabrico de whisky: o líquido produzido pelos alambiques de cobre e o que resta do grão depois da destilação que são o produto básico para a produção do butanol.

Os responsáveis garantem que o novo combustível confere 30% mais potência do que o já conhecido etanol e que não é necessário efectuar nenhuma adaptação aos motores de combustão já existentes. Além de combustível pode servir ainda para fabricar outros produtos bioquímicos ecológicos como acetona.

“Algumas empresas energéticas estão a cultivar plantações para gerar biocombustíveis, mas nós decidimos investigar os materiais excedentes da produção de whisky para desenvolve-los”, refere o director da investigação, Matin Tangney, acrescentando, “é uma opção mais compatível com a defesa do meio ambiente e que faz proveito de uma das maiores indústrias escocesas.”

Uma das principais vantagens deste biocombustível é o facto de poder ser utilizado nas viaturas do dia-a-dia.

Fonte: AutoPortal

[LB]

nããããã.... nada de estragar as coisas boas !!

[Tiffosi]

Não estraga nada, é feito com os restos. O consumo do Whisky deveria ser subsidiado, assim haveria mais líquido e restos do grão para produção de Biobutanol. 

[Tiffosi]

Enzimas podem «criar» combustível para automóveis

Enzima encontrada nas raízes das sementes de soja pode vir a ser utilizada como energia para fazer funcionar automóveis

Uma enzima encontrada nas raízes das sementes de soja pode ser utilizada como energia para mover os automóveis, avança a «Chemestry World».

A Vanadium Nitrogenase consegue produzir amoníaco a partir de nitrogénio, já usado actualmente para encher pneus em alternativa ao ar normal, porque permite maior resistência e menor desgaste.

Embora a pesquisa ainda esteja numa fase embrionária e seja necessário algum tempo até que se alcancem resultados mais palpáveis, os especialistas acreditam que este pode ser o caminho para criar um combustível amigo do ambiente e até, quem sabe, gasolina.

Fonte: AutoPortal

[Tiffosi]

Bactéria pode transformar jornais em combustível

Investigadores dizem ter descoberto bactéria que permite produzir butanol, um substituto da gasolina, através de jornais

Imagine que todos os jornais deitados ao lixo diariamente podiam ser transformados em combustível. Uma equipa da Universidade de Tulane, em Nova Orleães, encontrou uma bactéria que consegue converter celulose em butanol, um combustível que pode ser usado em vez da gasolina sem que seja necessário adaptar o motor.

A grande vantagem da bactéria TU-103 (encontrada em excrementos de animais) é que consegue transformar a celulose (fibra de que é composto o papel) em butanol na presença de oxigénio, enquanto outras bactérias com as capacidades semelhantes só conseguiam a transformação num ambiente sem oxigénio, o que aumentava drasticamente os custos.

O butanol também apresenta benefícios como combustível em relação ao etanol – normalmente produzido a partir do milho ou da cana-de-açúcar –, porque além de se adaptar mais facilmente a qualquer tipo de motor, o material é menos corrosivo do que o concorrente e apresenta um rendimento energético maior.

Fonte: AutoPortal

[Luke]

onde se compram esses bichos?

[naso]

onde se compram esses bichos?

A grande vantagem da bactéria TU-103 (encontrada em excrementos de animais)

Caso sejas um "animal" já tens matéria para avançar, fica só a faltar os jornais!!

Mas agora a sério, acho que vem já ai alguém dizer que isso não pode ser feito, já sabemos porque!!

[Tiffosi]

Lixo orgânico como fonte de gasolina e de gasóleo

Europa pode substituir a gasolina e gasóleo sem recorrer aos biocombustíveis

Um estudo desenvolvido pelo Instituto de investigação holandês CE Delfta aponta que a gasolina e gasóleo obtidos de forma convencional a partir do petróleo poderão vir a ser substituídos por outras fontes com menores impactos no ambiente.

A pesquisa considera que os biocombustíveis chamados de primeira geração, pelo facto de serem derivados de produções agrícolas, designadamente soja, colza e palma, não são uma solução viável “para descarbonizar os transportes”. Assim, as organizações europeias apelam ao Parlamento Europeu e aos governos dos Estados Membros para se concentrarem nas soluções propostas.

O estudo explora vários cenários de desenvolvimento dos transportes e recomenda uma viragem urgente da política europeia no setor, colocando a prioridade sobre a eficiência energética e o maior desenvolvimento de tecnologias limpas, como os veículos elétricos.

Uma das soluções apontadas foi o uso de biocombustíveis com menores impactes sociais e ambientais, chamados de segunda geração, ou seja, aqueles produzidos a partir de resíduos, como óleos alimentares usados e biogás proveniente de digestão anaeróbia de lixo urbano.

Segundo os ambientalistas, os Estados-Membros «podem cumprir as suas obrigações sem recorrer (ou com um recurso praticamente nulo) a biocombustíveis produzidos a partir de culturas agrícolas, como a soja, a colza e a palma», acrescentam.

Diretivas comunitárias fixam uma meta de incorporação de 10% de energias renováveis no setor dos transportes e a redução das emissões de gases com efeito de estufa dos combustíveis em 6%, até 2020.

Fonte: AutoPortal