Il marchio Lancia in Portogallo
Esta exposição reúne fotografias e documentos que mostram a grande ligação que existe entre a Lancia e Portugal. A marca italiana tem tido presença assídua no nosso país desde os anos dez do século passado, com a estreia oficial no primeiro grande certame de comércio e indústria em Portugal – o Salão Automóvel do Porto de 1914.
Apesar de os seus produtos serem dirigidos a um público selecto, é impressionante constatar a implantação da Lancia no mercado nacional. Até 1932, tinham sido registados em Portugal 146 veículos da marca, resultados possíveis graças também ao discernimento do público luso, capaz de apreciar as inovações do mais importante modelo do período, o revolucionário Lambda.
O Aprilia e o seu derivado Appia, bem como o Ardea, depois da II Guerra, continuaram a ser muito apreciados pelos condutores nacionais, que não hesitavam também em utilizá-los em competição.
Nos anos cinquenta, com a completa gama Aurelia e as vitórias dos desportivos da Lancia nos principais círculos nacionais, a marca viu reforçada a sua imagem de prestígio e de qualidade, que teve continuidade nos Flaminia.
Todavia, é no final dos anos sessenta, com a cada vez maior relevância dos ralis em Portugal, que a Lancia se torna um ícone nacional. Graças aos sucessos dos Fulvia – vencedor por duas vezes do Rali Internacional da TAP – continuados pelo Stratos primeiro e pelo Delta nos anos oitenta, a Lancia marcou de forma indelével a história do automóvel em Portugal.
O material reunido nesta exposição releva momentos importantes desse percurso, tendo especial atenção à participação dos Fulvia no Rali de Portugal (TAP), um período mais distante, mas fundamental para perceber a importância que a Lancia continua a ter para o público português.
Um belo Lambla na cidade do Porto, no início dos anos trinta, apesar da matrícula revelar que se trata de um modelo de meados dos anos vinte.
O mesmo automóvel numa interessante fotografia, que mostra a protecção do radiador para os dias mais frios. É visível também a suspensão dianteira independente.
O Lancia Aprilia de Manuel Santos Pinto, no Circuito de Vila Real de 1949. Foi sexto classificado da geral e vencedor da sua classe.
Daniel de Barros, no Lancia Aurelia B24 Spyder América, numa prova complementar do rali da Montanha de 1958, entre um Mercedes-Benz 300SL e um Chevrolet Corvette.
Outra imagem do Fulvia HF de Fall e Liddon. Repare-se que desta feita, o Lancia está com pneus mais adequados para pisos de terra.
À chegada ao Estoril, o Lancia Fulvia chegou com três pessoas a bordo, o que significou desclassificação imediata da equipa que liderava confortavelmente a prova.
O Fulvia HF evidencia bem a dureza da prova lusa, que exigia grande versatilidade aos pilotos e máquinas, pela alternância entre pisos de asfalto e pisos de terra.
Simo Lampinen vai enfrentar directamente Tony Fall, em Ford Escort TC, na prova complementar do Estádio das Antas.
O Fulvia HF 1600 de Sandro Munari e Arnaldo Bernacchini, junto ao Parque Eduardo VII, após o percurso do itinerário comum, iniciado em San Sebastian, na edição de 1970 do TAP.
No Concurso de Elegância Automóvel realizado no Estoril, em Junho de 1965, a Lancia esteve representada por um Flaminia Berlina.
Os Concursos de Elegância do Estoril eram uma perfeita oportunidade para mostrar os veículos novos ao público.
O Lancia Flaminia substituiu o Aurelia, mantendo como característica principal o motor V6 em alumínio. Este exemplar apresenta matrícula do norte do país.
Inscrito por Adriano Crespo, o automóvel recebeu o prémio da sua categoria, depois de analisado pelo júri.
Liszt Melo venceu a sua classe no Rali das Camélias de 1965 com um belo Lancia Aurelia B21 Convertibile. Aqui na prova complementar da praia das Maçãs.
Os franceses Jean Pierre Gaillardon e Jean Galtier participaram com um Fulvia HF no Rali TAP de 1968.
Tony Fall e Ron Crellin foram os vencedores da II Edição do Rali Internacional da TAP, com um Lancia Fulvia 1.3 HF semi-oficial.
Aleide Paganelli e Mario Manucci trouxeram para o rali TAP de 1968 um belo Lancia Fulvia Sport Zagato, mas não terminaram a prova.
Giulio Bisulli e Arturo Zanuccoli participaram também no II Rali Internacional da TAP, com um Lancia Fulvia HF inscrito pelo Jolly Club.
Partindo de Bruxelas, os belgas Henry Sonveau e R. Loyeus, também escolheram um Lancia Fulvia HF para tentar a vitória no Rali TAP de 1969, mas acabaram por abandonar.
Os portugueses Silveira Machado e Bandeira Vieira partiram do Porto, com o Fulvia HF matriculado em Angola, mas foram obrigados a abandonar logo a seguir a Arganil.
Partida de Lisboa, no Rali TAP de 1969. O Lancia Fulvia 1.6 HF dos britânicos Colin Malkin e John Davenport sobre o palanque montado no Parque Eduardo VII.
Tony Fall, junto ao seu Fulvia HF, entrevistado enquanto esperava pelo momento da partida da 2ª Etapa do Rali TAP de 1969.
Tony Fall e Henry Liddon, no Fulvia 1.6 HF que, mais uma vez dominaria o Rali Internacional da TAP, na edição de 1969. Nota-se os pneus para piso de asfalto.
O Fulvia HF dos holandeses Toon Van Beusekom e Diekhout prepara-se para enfrentar o Ford Cortina de Barter e kirkham, na prova especial de classificação do estádio das Antas em 1969.
A mesma equipa, que partiu de Amesterdão, realiza uma paragem nocturna, entregando a carta de controle, para que lhe seja dado um tempo de partida, antes de mais uma etapa.