Comissão Europeia impõe média de 95 g/km de CO2 em 2020
Os construtores reduziram as emissões mais rápido do que o previsto e a Comissão Europeia apertou mais os limites. Assim a média de emissões de CO2 nos ligeiros terá que ser de 95 g/km a partir de 2020
Veja a galeria A Comissão Europeia aprovou uma redução média das emissões de CO2 para todos os ligeiros novos vendidos na União Europeia. Assim, em 2020, essa média terá que ser de 95 g/km de CO2. "Sabemos que é uma meta ambiciosa, mas vai impulsionar ainda mais o sucesso da regulamentação que entrou em vigor em 2009 " disse Connie Hedegaard, comissária europeia para a Acção Climática.
O regulamento em vigor desde 2009 estabelecia que os veículos novos não deveriam emitir, em média, mais de 130 g/km em 2015, e se possível 95 g/km, em 2020. Porém, vários países conseguiram atingir essa meta antes do esperado e isso fez com que a Comissão Europeia ajustasse a meta para valores ainda mais otimistas. Por isso, o valor que era esperado para 2020 passou a obrigatório.
A Quercus adianta, por exemplo, que Portugal já tinha cumprido a meta para 2015 em 2010. Por isso, a associação ambientalista congratula-se com o facto de os objetivos terem sido revistos.
A Comissão Europeia estima que cada utilizador economize cerca de 340 euros em combustível por ano para carros a gasolina, e até 464 no caso do diesel com esta medida. "A economia de combustível será tão grande que em dois ou três anos vai ter valido a pena o investimento", afirmou, em conferência de imprensa o comissário europeu Connie Hedegaard.
O transporte rodoviário é responsável por 15% das emissões totais de CO2 na Europa, mas até 2020 espera-se que este valor diminua para um terço. Para Setembro, a Comissão prevê apresentar uma nova revisão para as emissões dos automóveis, onde serão incluídos planos pós-2020 e práticas a utilizar para o cumprimento das metas.
Quanto aos comerciais, a meta aponta agora para uma média de emissões de 147 g/km de CO, em 2020, com uma meta obrigatória de 175 g/km em 2017.
Durante a conferência de imprensa não se falou só da redução de CO2, mas também se apresentaram duas modalidades para o cumprimentos destes objetivos. A "Eco-inovação" e os "supercréditos". Estes últimos vão permitir a cada construtor de veículos produzir até 20 mil unidades que contaminem mais do que a meta definida (de forma excecional), mas em troca têm que aumentar a sua produção dos chamados veículos "verdes". Esta prática entra em vigor este ano e estará vigente até 2015, quando deixarão de ser concedidos durante cinco anos. Em 2020 voltam os supercréditos.
Fonte: Turbo