Futuro elétrico da Maserati promete máxima diferenciação
Se a marcha do progresso é inexorável, também a Maserati terá de se juntar à crescente senda de construtores a apostar na tecnologia elétrica. Se a Mercedes-AMG já referiu a sua aposta em modelos elétricos a médio-prazo, também a marca Italiana do Grupo FCA se prepara para embarcar na linha tecnológica hoje liderada pela Tesla.
Contudo, a Maserati quer diferenciar-se no lançamento desse novo modelo elétrico e propõe um automóvel único para o segmento, conforme indicou o diretor de engenharia da marca do tridente, Roberto Fedeli, à revista Car and Driver, mesmo que não tenha revelado quaisquer detalhes desse modelo, que poderá ser uma berlina de luxo como o Alfieri apresentado na imagem.
De acordo com este responsável, a Maserati será a última a ingressar no mercado dos elétricos de luxo, mas tentará demarcar-se por uma série de características distintas dos seus rivais, tratando também de se colocar numa categoria à parte da Tesla.
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Vamos ser os últimos e temos de chegar ao mercado com algo de diferente. Muito diferente. Um concorrente para a Tesla não será provavelmente uma boa ideia. Não creio que a Tesla seja o melhor produto no mercado… a execução e a qualidade dos produtos da Tesla são os mesmos dos fabricantes germânicos da década de 1970. As suas soluções não são as melhores”, é citado, em declarações que são, simultaneamente, arrojadas e desafiadoras.
Entre os desafios a cumprir, a sonoridade do motor é já uma batalha perdida, com Fedeli a conceder que os motores elétricos têm outra tónica associada – a do silêncio. Por outro lado, Fedeli terá de produzir um modelo que seja em tudo idêntico aos demais Maserati, seja em termos de performances, seja em termos de qualidade e de desportividade, respeitando assim o legado histórico da marca.
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Num elétrico, sente-se muito mais o peso. O binário e a aceleração são interessantes por alguns segundos, mas depois o peso não permite que se desfrute do carro numa estrada normal. Isso não é consistente com a marca que representamos e tem de ser solucionado”, admite Fedeli.
Fonte: Auto Monitor, por Pedro Junceiro