Portugueses dividem os carros em quatro categorias
Segundo um estudo apresentado pelo Cetelem sobre a relação dos portugueses com o automóvel, nós ficamos facilmente deslumbrados com um carro que vemos passar na rua. Mas, quando os portugueses decidem comprar um automóvel novo, procuram um que corresponda à sua personalidade e ao seu estilo de vida.
A compra de carro segue também outros critérios mais efectivos. A segurança é um critério essencial para os condutores portugueses e ganha prioridade e importância em relação ao critério conforto, que é o critério de eleição na maioria dos bens de consumo. Os portugueses são muito sensíveis ao preço de manutenção e ao custo de utilização e valorizam particularmente o facto de a viatura não lhes dar problemas.
Para os portugueses, as viaturas classificam-se em quatro categorias, de acordo com a atitude demonstrada no momento de compra e no uso que se faz do carro.
O Carro razoável: Neste universo procuram-se garantias da capacidade da viatura cobrir os inconvenientes ligados à sua natureza. A expressão da qualidade declina-se em noções de segurança, fiabilidade e economia (utilização e manutenção) e respeito pelo ambiente. Em relação às performances, como são limitadas em termos de velocidade o interesse por este critério é reduzido. Representa as opiniões de 89% dos portugueses.
O Carro Paixão: Entende-se aqui uma paixão-hobby. A condução é um prazer em si e, quando não estamos a conduzir, estamos à procura de informações nas revistas especializadas sobre o mercado do automóvel e nas suas evoluções. Este tipo de atitudes reúne uma boa fatia da população portuguesa (68%). O papel das marcas aqui é fundamental. O carro paixão posiciona-se como uma questão emocional, antes de ser um critério racional.
O Carro artigo de moda: Para compreender esta dimensão, basta comparar o carro com uma peça de vestuário. A sua estética é muito importante e gostamos que suscite a atenção dos outros. É escolhido em função da sua capacidade de reflectir a personalidade e o modo de vida de quem o conduz. Desencadeia um amor à primeira vista, mas acabamos por nos cansar depressa, de tal modo que temos prazer em comprar um novo modelo. Este conceito reúne a concordância de 49% da população entrevistada.
O Carro utilitário: Neste caso, o carro é apenas visto como um meio de transporte que os compradores desejam na maioria dos casos adquirir a um preço baixo. Trata-se sobretudo de realizar uma economia na compra, na utilização e na manutenção, à semelhança do que acontece no carro razoável. Este tipo de viatura apresenta qualidades inferiores à média do mercado, mas é vendido a um preço sem comparação. Em média, cerca de 41% dos portugueses aderem a este tipo de atitude quando se trata de comprar um carro.
Quando questionados sobre o automóvel, verificamos que os portugueses não têm todos o mesmo olhar sobre o que representa para eles a viatura. O carro razoável ilustra a atitude essencial do automobilista actual. Verifica-se que as mulheres se sentem menos envolvidas com o carro “razoável” e se mostram mais sensíveis às despesas de manutenção e de utilização, e à preservação do ambiente
A paixão é definitivamente um assunto masculino e os homens têm a sensação de serem peritos em matéria de automóveis. Os jovens são os que estão mais envolvidos no carro paixão. Têm prazer em conduzir e gostam de estar ligados a determinadas marcas.
A estética seduz muito os jovens. Os 18-30 anos distinguem-se pela importância atribuída à estética e pela sua capacidade em ficarem deslumbrados por um carro que vêem passar. A classe social C1 é também a que mais facilmente se deixa deslumbrar pelos modelos vistos na rua, procurando adequar o seu automóvel ao seu modo de vida e personalidade.
O carro utilitário encontra adeptos quer entre mulheres, quer entre homens, jovens ou mais idosos. No entanto, as classes sociais C2 e D estão logicamente sobre representados quando se trata de comprar um carro a bom preço.
Este estudo foi realizado pelo Cetelem e tem por objectivos fazer uma análise aos comportamentos e atitudes dos portugueses em relação à compra de automóvel novo e analisar a percepção do consumidor relativamente à distribuição automóvel em Portugal.
Fonte:
Motores Magazine
