O Delta Já Anda Por Aí!

[GT Abarth]

Comparar o Nuova a um Maestro ??? Tens uma noção MUUUUUUUUUUITO própria do design do carro .. se referisses o primeiro Tipo ... aí até alinhava contigo

Não amigo o Maestro foi lançado para ser um Best-Seller, bater o Escort como arma da British Leyland contra a Ford. As duas grandes casas Inglesas na altura.
O Maestro até tinha espaço e bastante superficie vidrada, mas foi um fracasso completo. Até o derivado Montego teve melhor sorte.
Os Austin/Morris 1100, 1300, Maxi, Alegro perderam sempre até o Maestro enterrar de vez a Compahia, que definhou com o Montego.
Mais tarde mudaram para Rover alguns modelos e finalmente em Agonia para MG até acabar.
Resultado: os Ingleses estão quase extintos. A Austin ou generalizando a British Leyland ou BMC, outrora Nº1 mundial, acabou. Finito.

O Maestro foi pois o carro mais mal parido deles.

O Delta 2 teve tão pouco sucesso em relação ao verdadeiro Delta que é para mim o Maestro Italiano. Não que seja feio, mas não passa de um Dedra encolhido, cortado para estar no segmento C, mas com um motor 1400 que pelo amor de Deus.
Talvez seja o Lancia mais insonso da história.
Nem quero imaginar como se sentiram os antigos donos de Deltas, quer fossem 1300, 1500, GTie, HF Turbo, HF 4WD, Integrales; quando trocaram pelo Delta 2!
A maior asneira da vida deles certamente.

A   também fez asneira com o Regata, desde logo porque derivou do Ritmo, do 128... Quando o 131 Mirafiori era um grande modelo de tracção traseira, seguidor do 124.
131 várias vezes campeão do Mundo de Rallies.
O Regata um nojo... serviam algumas SW para andar com as bicicletas nas voltas a França e Itália.

[GT Abarth]

Bem, quanto ao Delta 2008, já disse aqui que para mim é um Betta e não um Delta.
Pelo que não vou cair no erro de comparar o carro ao Delta, pois nunca lhe chegaria aos calcanhares.

A questão aqui é verficar que mais valias tem realmente em relação ao Bravo, se é que as tem.
E como se porta perante a concorrência alvo: Marcas Premium.

Pelas fotos, o carro é bonito e vem com prestígio.

Mas duvido que seja melhor opção de compra do que o Bravo, pois deve ser sempre mais caro para mecânica idêntica.

Resta saber se a   vai segmentar os motores de maneira ao Delta vir mais poderoso do que o Bravo. Se assim acontecer, então talvez o Delta tenha opções melhores do que o Bravo em certos casos.

Pela minha parte... aguardo versões de 2 portas laterais.

E está tb na altura da   lançar uma boa opção familiar executiva de 4 portas também... quem sabe o Thema 2 ou porque não o Gamma ou o Flavia?

[Lancisti]

Em 2009 sai o Thema ... já postei por aí fotos dele e da SW

[GT Abarth]

1.4 Turbojet 120 CV. Equilibrato. Sviluppato nella gamma Fire, garantisce le migliori performance con i minori consumi: una coppia massima di 206 Nm a 1750 giri. La discrezione, su Delta, abbina la sportività al risparmio.

1.4 Turbojet 150 CV. Brillante. Prestazioni brillanti (con una coppia di 206 Nm a 2250 giri), per un piacere di guida superiore in ogni condizione di marcia.

I diesel non passano inosservati. Tutti Turbodiesel Euro 5 Ready: le migliori prestazioni si uniscono al rispetto per l’ambiente.

1.6 Multijet 120 CV. Consapevole. Un “Common Rail” di ultima generazione, più silenzioso e meno inquinante. La sua potenza non fa rumore: 300 Nm a 4000 giri. Dotato di DPF, è particolarmente attento all’ambiente. Disponibile anche nella versione con cambio robotizzato a 6 marce Selectronic, consente di scegliere tra il confort della modalità automatica e il divertimento di quella manuale. Ai pregi di un cambio tradizionale –semplicità d’uso, efficienza- aggiunge il vantaggio di una gestione ottimale, che riduce consumi ed emissioni.

2.0 Multijet 165 CV. Innovativo. Esemplare evoluto della famiglia “Common Rail” a multi-iniezione diretta, rappresenta una novità assoluta. L’aumento delle prestazioni (coppia di 360 Nm a 4000 giri) e il contenimento dei consumi posizionano questo motore ai vertici della categoria.

1.9 Twinturbo Multijet 190 CV. Rivoluzionario. Una rivoluzionaria novità che Delta propone per prima sul mercato. Risponde immediatamente e potentemente alle richieste del pilota e offre una guida esaltante in ogni condizione. La grande innovazione dei due turbocompressori garantisce prestazioni da primato: 400 Nm di coppia massima a 2000 giri e una disponibilità di 300 Nm già a partire da soli 1250 giri. Grazie all’introduzione della doppia sovralimentazione, eroga una potenza massima elevatissima: 190 CV, circa 100 CV/litro.

1.8 Di Turbo 200 CV. Precursore. In futuro, la gamma sarà arricchita da questo nuovo ed esclusivo motore. Il top dei propulsori Delta: un Turbojet ad iniezione diretta, abbinato in anteprima al cambio automatico a sei marce che esalta l’elasticità del motore. Prestazioni al vertice della categoria, massima potenza. Senza prepotenza.

[BlueCat]

Boas.

pintodealmeida, sou sincero, os post que mais me dão vontade de ler são os teus, sobretudo pois denotas grandes conhecimentos do ramo e da história automóvel.

És uma mais valia no enriquecer de conteúdos neste fórum.

E depois tens um carro no qual eu gostava de entrar nem que fosse só para ouvir a selespeed a trabalhar e o ponta tacão electrónico.

Fica bem.

   

[Luke]

o regata é um nojo? uhmmm para mim não é bem assim... o dna dele é o mesmo do ritmo, que por sua vez também o cedeu ao DELTA, portanto o regata está par a par com um prisma, e o ritmo com o delta, ou seja o regata peca apenas por falta de equipamento e ter menos 10 cavalos que o lancia, porque de resto está la tudo

[GT Abarth]

Olha Luke, essa do estar tudo lá...

Então achas que o Regata tinha caracteristicas para substituir à altura o 131?
Estás a falar do carro que transportava a bandeira de Campeão do Mundo de Rallies, e vencedor 4 vezes do Rally Português, numa altura em que os Rallies eram de longe a modalidade mais apreciada em Portugal.
Toda a gente via e ia ver, não tem nada que ver com os rallies actuais.

Numa altura em que a maior parte da população ainda não tinha carro, havendo ainda muitas, muitas motorizadas, posso garantir-te que o povo tinha a ideia que o 131 era um maquinão, apesar de na verdade a maior parte dos 131 Portugueses serem os 1300, que a bem dizer não andavam mais que os 127, pois 65 cv naquele peso todo eram insuficientes.

A questão é que o Regata pretendeu substituir o 131, mas foi um fracasso, até porque derivava do Ritmo, segmento inferior. E mais uma vez digo que perdeu a característica da tracção traseira.

O Regata pode teóricamente ter tudo lá, mas na prática resultou num carro pouco interessante e demasiado "plástico".
Para além disso só teve versões normais, nunca teve "desportivismo" associado:
70 (1300 de 68cv)
85 (1500 de 82cv)
100 (1600 i.e. de 100cv)
Não tinha discos ás 4 rodas, como os 124 e 131.

Mesmo o Ritmo, não teve o impacto do 128. Era mais moderno e construído por robots e não sei que mais, mas não podes comparar o sucesso de vendas relativamente ao 128.
Houve 2 versões muito fixes, mas em Portugal não venderam quase quase nada:
105 TC Abarth (1600)
125 e 130 TC Abarth (2000 carburado e injecção)

Mas voltando ao Regata, a grande questão pela qual "implico" com o carro, é que foi o Regata que matou a   num segmento tão importante durante toda a história automóvel, e onde a   esteve sempre bem representada e muitas vezes no topo da Indústria Mundial.
Estamos a falar de um familiar 4 Portas, 3 volumes com mala.
Para não ir mais longe, os 124 e 131 são ícones, o 124 então derivou para ser o carro de todo o leste Europeu e Concretamente Espanhol Também.

Depois do 131, quem voltou a ser a   neste importante segmento, quase que o automóvel em si?
Foi com Regata, Tempra 4P, Marea 4P que esteve na ribalta?
Será agora com o Linea? Um carro muito interessante, mas derivado do Punto???

Não, a   perdeu esse estatuto; mas se calhar é bom habituarmo-nos, temos que comprar antes   156 e 159; e se assim for, então pronto.

 

[Luke]

pah... para isso nunca tinhas substituido o 124 pelo 131 porque tb tinha sido campeão do mundo... o stratos não podia ter saido de produção...

...

não sejas mais papista que o papa, o chassis do regata não tem NADA de errado para a epoca, estamos a falar de um chassis que foi 6 anos consequotivos campeão do mundo de rallies!!!!!


e nunca houve nenhum ritmo de injecção...  

[Zampanò]

Viva!

Neste post circula já muita e importante informação!

Sobre o Regata, antes de mais temos de falar do Ritmo. O que é o Ritmo? É um carro da gama média da altura, ou antes, um carro para aqueles que estavam a subir na escala social oferecida pelo 127. E não era propriamente o substituto do 128, pois o mercado estava a ajustar-se (como ainda hoje está, com os carros cada vez maiores e dando lugar à entrada de novos pequenos.. entendem?), mas é um facto que o Ritmo não foi o sucesso de vendas do 128. E qual o verdadeiro porquê? Não sei! O Ritmo apresenta as seguintes características de projecto industrial:

- desenho (estilo e soluções): veja-se o exemplo tão simples como o pára-choques em plástico e envolvente e lembrem-se do Opel Corsa I que nos anos 90 (15 anos depois) ainda era algo semelhante a um pára-choques no estilo cromado mas em/com plástico
- processos de desenvolvimento (CAD, FEA, análise modal, etc)
- extensão massiva automação nos processos de fabrico (levada a cabo na fábrica de Rivalta (TO) e depois alargada a outra unidade fabril que creio ter sido Cassino, não sei bem...)

O Regata surge como uma opção aparentemente pobre pois tem como base o Ritmo com um capot diferente e com bagageira. Isto pode retirar valor para alguns, para mim não é bem o caso pois não deixa de ser um carro equilibrado. Depois, os plásticos do interior melhoraram substancialmente relativamente ao Ritmo pois na altura do projecto  - vamos dizer que 1976 estava o Ritmo no estirador (ok, CAD..., estava na workstation ) - e sabe-se que não conseguiam fazer o desenho e material para o tablier a um preço competitivo (daí ser um plástico tão áspero, sensível a UV e tão exposto a riscos. O Regata resolveu todas (..acho) essas questões não resolvidas. Outro exemplo: um Regata 70 comprado em 1984 parecia uma nave espacial e futurista quando comparado com um Mercedes 300D comprado em 1984.

De resto, é verdade que nunca teve motores/motorização de grande destaque, se bem que o Regata 100S não seria decepcionante. E não acho o Regata demasiado plástico, bem pelo contrário, em particular considerando: forras das portas com tecido, o plástico do tablier era forrado com uma película de toque agradável e.. plástico propriamente dito há muitos carros assim hoje em dia e ninguém se queixa.

Não sei dizer se foi o Regata que matou o segmento de vendas da Fiat, eu acho que foi algo mais complexo do que isso pois nos anos 80/90 (Portugal) foram as décadas de melhoria geral das condições económicas em Portugal e sinto que isso marcou o seguinte pensamento “Fiat é barato mas mau, bom é VW/Audi/BMW/Mercedes e Fiat pertence ao passado”. É como as motas, está instituído em Portugal (e conheço pessoas que personificam este paradigma) que Yamaha é má porque estão a comparar uma Yamaha DT 50 (aquela que tinham nos anos 90) com a Honda CBR1000 que têm hoje (comparação espectacularmente injusta, naturalmente).

E parece-me que os Fiat dos anos 60 tinham mais qualidade do que os Fiat dos anos 80, acima de tudo pelo (1) nos anos 70/80/.. (até quando não sei) fazia-se uso do aço que vinha da Rússia como contrapartida de pagamento das licenças de produção Lada. E acho também que nos anos 80 havia uma crescente tendência em acreditar que o produto automóvel deveria ser encarado como um bem perecível. (2) aplicação da tecnologia de plásticos (3) esforço financeiro associado à actualização dos métodos e equipamento usados nas linhas de produção.

Sobre o Delta II, também importa referir que lamentamos não ser comparável ao Delta I mas eu acho que também na altura ninguém sabia que o Delta I viria a ser aquilo que hoje sabemos que é (uma maravilha lindo visto de todos os ângulos). De facto a frente do carro até nem é proporcional com o volume do carro e percebe-se claramente que fica bem no Dedra, no Delta II já não tanto.. A traseira do Delta II parece ir buscar elementos ao Alfa Sud, e acho que de uma forma muito feliz.

Sobre o Delta que está para vir, eu também acho que a perpetuar um nome seria Lancia Beta, mas acredito que o marketing tenha concluído que o nome Delta trouxessse vantagens comerciais.

Para mim, Ritmo, Regata, Delta I, II, seja o que fôr, são todos lindos, todos diferentes. Agora, não sei avaliar qual o sucesso que o novo Delta poderá ter mas, para mim, depende apenas da abordagem comercial adoptada. É como o Thesis, não vendeu muito não foi por ser um mau produto, seguramente. O volume de vendas do Lybra também não está indexado à qualidade intrínseca do produto. Eu diria que os elementos diferenciadores estão no marketing e assistência técnica.
 

[GT Abarth]

pah... para isso nunca tinhas substituido o 124 pelo 131 porque tb tinha sido campeão do mundo... o stratos não podia ter saido de produção...

Luke o ponto é que o 131 foi campeão e o Regata nadinha.

[Zampanò]

... Parece-me difícil tentar competir com algo assim. Ou sou eu que estou a ficar velho e fiquei cristalizado nesta época.

[Luke]

Luke o ponto é que o 131 foi campeão e o Regata nadinha.

estas a entrar em feedback... não percebeste o ponto que quis apontar na tua teoria...

[GT Abarth]

e nunca houve nenhum ritmo de injecção...

Se tens a certeza, peço desculpa.

Eu até hoje estava convencido que o Ritmo tinha o 2000 125/TC Abarth bem carburado e no restyling tinham posto injecção e assim tivesse passado a 130/TC Abarth.
Até porque na altura que foi lançado a   já tinha carros "i.e.", o Argenta pelo menos e em 1985 o Uno Turbo i.e.
Os   1600 i.e. também apareceram nessa altura.
Mas se sabes que o Ritmo manteve os carburadores, tudo bem, o equivoco é meu.

O mal é que nunca "entrei dentro" de um Ritmo Abarth, já vi mas por fora.

[GT Abarth]

... Parece-me difícil tentar competir com algo assim. Ou sou eu que estou a ficar velho e fiquei cristalizado nesta época.

                 
Ainda está para ser inventado o Subaru ou Mitsubishi que o bata!

[GT Abarth]

Luke o ponto é que o 131 foi campeão e o Regata nadinha.

Não é uma questão de perceber; é uma questão de factos:

- 124 (Carro bem sucedido a nível Mundial)
- 131 (Carro bem sucedido a nível Mundial)
- Regata: nada a destacar.
-   de 4 Portas familiares pós Regata: nada de Brilhante.