O Fiat Cinquecento surgiu originalmente em 1936. Foi o primeiro city-car - como hoje se diz - produzido em grande série. Compacto e arredondado, veio a ser apelidado, na sua versão orginal, como "Topolino" (ratinho)Por Rui Faria Fotos FiatAGOSTO 2007
Fiat Cinquecento já tem 71 anosA ideia que deu origem ao Fiat Cinquecento surgiu em 1934. Giovani Agnelli "sénior", o fundador e administrador da Fabbrica Italiana Automobili Torino (FIAT), decidiu ampliar a gama de modelos da marca com um automóvel pequeno e barato. O objectivo era ambicioso, por isso o projecto foi enviado para o mais sofisticado departamento do grupo.
Antonio Fessia, director do departamento de motores para aviões, foi o escolhido pelo "patrão" e passou o encargo para Dante Giacosa, responsável pelo desenvolvimento de motores refrigerados a água. Fessia apenas disse a Giacosa que "o senhor Agnelli quer uma viatura pequena e económica, que possa ser vendida por 5000 liras. Você sente-se com capacidade de desenhar o motor e o châssis?" A resposta do jovem engenheiro de 29 anos foi rápida: "Sim, claro!".
Mais tarde, Giacosa admitiu que "os nossos primeiros cálculos apontavam para uma potência de 20 cv. A escolha da arquitectura do motor nunca esteve em causa: seria um quatro cilindros". Ao mesmo tempo, foi definido que o peso não poderia ultrapassar os 450 kg, 250 kg dos quais para o châssis e mecânica.
Nuova 500 de 1957
Cinquecento de 1992
O primeiro protótipo foi realizado entre Junho e Outubro, e um teste permitiu verificar que era capaz de atingir 85 km/h, a velocidade anunciada na altura da apresentação pública do Cinquecento, que teve lugar em 1936, a um preço de 8500 liras.
Com apenas 3,210 metros de comprimento, foi inovador com a colocação do pequeno motor de quatro cilindros e 567 cc à frente do eixo anterior, o que deixava espaço para as pernas dos ocupantes dos bancos anteriores. Foi o "Ovo de Colombo"que permitiu dilatar a habitabilidade.
O Cinquecento colocou Itália sobre rodas. Até 1955, foram produzidas (mesmo durante a Guerra Mundial), mais de meio milhão de unidades. A gama incluiu versões com capota de lona e uma station wagon.
Em 1957, o espaço na base da oferta da Fiat foi ocupado pelo Nuova 500, que herdou a mesma alcunha do modelo anterior: Topolino. Até 1975 foram produzidos mais de três milhões de exemplares do modelo que serviu de base para o design do novo Cinquecento, que é hoje tema de capa da AutoMotor.
No Salão de Turim de 1992, a Fiat retomou o conceito do automóvel pequeno e económico ao apresentar o Cinquecento que evoluiu para a versão Seicento, que ainda hoje se produz para alguns mercados.
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http://www.automotor.xl.pt/0807/2500.shtmAutomóveis Clássicos